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24/05/2019
Pare e reflita: quando nós nascemos, carregamos a culpa das realizações de gerações anteriores? Outra questão: quando amamos cegamente alguém, precisamos carregar o pesado fardo por tudo que esta pessoa fez? Após o preâmbulo reflexivo, deixo claro que ao ter respondido para si tais questionamentos, a leitura da crítica torna-se mais elucidativa. Tendo como pontos nevrálgicos os questionamentos de abertura, o romance O Leitor, escrito e publicado pelo alemão Bernhard Schlink, em 1995, pode ser definido como um mergulho denso nas reflexões acerca da importância da leitura, da escrita e do leitor.
A história, aparentemente simples, é conduzida com leveza e trata de temas profundos no que tange os relacionamentos humanos. Schlink oferta ao leitor a história de Michael Berg, um estudante de classe média que, certo dia, sente-se intrigado pela misteriosa Hanna Schmitz, a cobradora de um bonde que ele toma diariamente ao retornar da escola. Entre um olhar e outro eles se conhecem e uma rotina se estabelece: na casa de Hanna, Michael lê uma obra literária, eles tomam banho juntos e depois relacionam-se sexualmente. Eles estão em 1958, uma época que antecede as revoluções culturais dos anos 1960. Sem interesse nas paqueras juvenis da escola, Michael mergulha profundamente no relacionamento com a enigmática Hanna, personagem que na versão cinematográfica, foi interpretada pela competente Kate Winslet.
O recatado garoto que, para a família, lembra o protagonista metamorfoseado de Kafka, passa a ver a vida de maneira mais lúdica. Com Hanna não é diferente. Analfabeta, a misteriosa mulher que o inicia sexualmente e lhe revela um mundo além do trajeto escola-casa, na verdade, está tendo acesso ao universo literário que sequer imaginou se relacionar em situação tão prazerosa.
O ritual, no entanto, deixa de acontecer quando a moça some sem deixar rastro. A única relação de Michael com Hanna é por vias memorialísticas, até o dia em que presencia a moça sendo julgada por crimes cometidos durante o período nazista. Hanna, responsável por vigiar um grupo de mulheres judias, teria obstruído a passagem de fuga durante um incêndio numa igreja, situação responsável por ceifar a vida de várias pessoas. Chocado, Michael assiste a tudo com distanciamento, numa experiência que o leva a mergulhar nos paradoxos da memória e resgatar o passado, na tentativa de compreender os acontecimentos presentes. Com as lições de filosofia e moral dadas por seu pai em casa, o personagem questiona-se sobre os acontecimentos.
Agora adulto, sete anos após o ritual de iniciação com Hanna, Michael é um estudante de Direito. Tendo como atividade acadêmica assistir ao julgamento, o personagem surpreende-se com a condução do julgamento.
Hanna construiu uma imagem de si mesma, uma armadura que ela apresenta ao mundo, mas que esconde seu segredo debaixo dela.
O Leitor expõe um tema complexo, difícil de abordar, propõe uma reflexão do passado destes personagens, de como este afeta o presente e quem somos atualmente. No entanto, também propõe uma reflexão sobre a natureza de um dos crimes mais cruéis da humanidade.
“As sociedades querem ser regidas por algo chamado moralidade, mas, na realidade, são regidas por algo chamado lei”.
– O Leitor-
Assista o filme nesse link ⤵⤵⤵
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LINEO CARVALHO
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